· Potencial invasor de espécies exóticas de esponjas marinhas nas ilhas oceânicas brasileiras

 

Órgão financiador: Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

 

Início

As esponjas

Equipe

Projetos

Publicações

Fotos

Links

Page Title

Figura 1: Clathrina aurea em Cabo Frio (Foto: A. Padua).

Paraleucilla magna (Figura 2) e Sycettusa hastifera (Figura 3) são consideradas espécies exóticas na costa brasileira, sua origem, entretanto é desconhecida. P. magna foi vista pela primeira vez no Brasil, no Rio de Janeiro (Arraial do Cabo e Rio de Janeiro), na década de 1980 e como se tratava de uma espécie nova para a Ciência, sua localidade tipo ficou sendo o Rio de Janeiro. Depois disso, pescadores e cientistas relataram sua ocorrência no mar Mediterrâneo (Itália, França e Espanha), informando que ela começou a ser vista por lá em meados de 1980 em fazendas marinhas de moluscos. Essa espécie é encontrada em ambientes ciáfilos e fotófilos. Apresenta cor branca, corpo maciço com dobras e espículas do tipo triactinas e tetractinas (Figura 2).

Figura 2: Paraleucilla magna em

 Sepetiba (Foto: A. Padua).

Figura 3: Sycettusa hastifera em Arraial do Cabo (Foto: E. Lanna).

S. hastifera foi descrita originalmente no início do século XX para o mar Vermelho. Na década de 1980 foi registrada sua ocorrência no Rio de Janeiro (Arraial do Cabo), entretanto, não se sabe desde quando essa espécie está no Brasil. Essa espécie é fotófila, sua cor é branca e o corpo tubular, com ósculo apical. O esqueleto é formado por diactinas, triactinas e tetractinas. Como as diactinas atravessam a superfície do animal, é comum ver sedimento e matéria orgânica presas a essas espículas recobrindo o corpo da esponja (Figura 3).

 

Como parte do projeto, encontramos a seguinte distribuição dessas espécies na costa brasileira (Figura 4):

Para avaliar o potencial invasor dessas espécies em outras regiões do Brasil, desenvolvemos e otimizamos microssatélites que permitirão que avaliemos o fluxo gênico entre as populações da espécie nativa e entre as populações das espécies exóticas. Até o momento, sete loci polimórficos de microssatélites foram desenvolvidos e  otimizados para C. aurea, seis para P. magna e um para S. hastifera. Em breve, novos loci serão desenvolvidos para P. magna e S. hastifera.

A espécie nativa Clathrina aurea é caracterizada por sua cor amarela, corpo formado por tubos frouxamente anastomosados e espículas do tipo triactina. Essa espécie é amplamente encontrada na costa brasileira, principalmente em locais protegidos da luz solar, tais como cavernas e tetos de gruta (Figura 1).

Figura 4: Distribuição das espécies Clathrina aurea,

Paraleucilla magna e Sycettusa hastifera na costa brasileira.